terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Hoje estou como o tempo, pintado em tons de cinzento; se ao menos procurasses bem dentro da gaveta, podias pintar-me por dentro.

Hoje estou como o tempo, parado no momento, se ao menos me desses corda e me puxasses para trás, tudo seria diferente.

Hoje sinto que o tempo não me deixa encontrar, penas que valham a pena, cordas e cores que juntos façam as asas para poderes voar.

Hoje apetecia-me ontem, conhecer-te novamente, lábios, lágrimas e ruas, bancos, sorrisos e lua, cada minuto um presente.

Ontem não havia tempo, tudo era um momento, tudo era mar imenso, tudo era tão intenso, não havia céu cinzento"


Talego - Asas


F

sábado, 17 de dezembro de 2011

"Não sei se anoiteço ou se amanheço ou se enlouqueço ou se adormeço. Ou se te esqueço."

Pedro Antônio Oliveira

F

domingo, 11 de dezembro de 2011

Apareces por longos instantes, vários, inúmeros momentos do meu tempo, no meu tempo, meu tempo que não é um tempo, é um instante.
Temo-te.
Surges e não te apercebes minimamente dos perigos que a ti me estão associados.
Temo-te.
Mas quem és tu? Que figura é esta que me rói e me corrói as entranhas?
Temo-te.
Não te quero dar a importância devastadora que tens em mim. Não me desamparas, deixas-me o sangue em chamas e... consomes-me.
Temo-te.
Sem dar conta estou presa e condenada aos mistérios da nossa sagrada paixão.
Temo-te.
Temo-me.
Temo-nos.

Para ti, com amor.

F