quarta-feira, 20 de julho de 2011
Ainda me sento no chão.
Ainda olho para o corredor aparentemente vazio com a luz reflectida.
Ainda retenho as memórias desse mesmo corredor a fazer de recreio de um jogo inacabável.
Ainda olho para cada divisão da casa com a mesma expressão com que a deixaste.
Ainda sinto o toque surpresa da tua mão a moldar a minha.
Ainda que longe faz mossa, és como sal nas feridas.
Ainda selo um beijo teu a cada cicatriz acentuada no corpo.
Ainda sinto o teu cheiro a invadir-me o quarto.
Ainda ocupas as linhas do meu caderno.
E ainda me sabe a pouco.
-C
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