"Hoje estou como o tempo, pintado em tons de cinzento; se ao menos procurasses bem dentro da gaveta, podias pintar-me por dentro.
Hoje estou como o tempo, parado no momento, se ao menos me desses corda e me puxasses para trás, tudo seria diferente.
Hoje sinto que o tempo não me deixa encontrar, penas que valham a pena, cordas e cores que juntos façam as asas para poderes voar.
Hoje apetecia-me ontem, conhecer-te novamente, lábios, lágrimas e ruas, bancos, sorrisos e lua, cada minuto um presente.
Ontem não havia tempo, tudo era um momento, tudo era mar imenso, tudo era tão intenso, não havia céu cinzento"
Talego - Asas
F
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
Apareces por longos instantes, vários, inúmeros momentos do meu tempo, no meu tempo, meu tempo que não é um tempo, é um instante.
Temo-te.
Surges e não te apercebes minimamente dos perigos que a ti me estão associados.
Temo-te.
Mas quem és tu? Que figura é esta que me rói e me corrói as entranhas?
Temo-te.
Não te quero dar a importância devastadora que tens em mim. Não me desamparas, deixas-me o sangue em chamas e... consomes-me.
Temo-te.
Sem dar conta estou presa e condenada aos mistérios da nossa sagrada paixão.
Temo-te.
Temo-me.
Temo-nos.
Para ti, com amor.
F
Temo-te.
Surges e não te apercebes minimamente dos perigos que a ti me estão associados.
Temo-te.
Mas quem és tu? Que figura é esta que me rói e me corrói as entranhas?
Temo-te.
Não te quero dar a importância devastadora que tens em mim. Não me desamparas, deixas-me o sangue em chamas e... consomes-me.
Temo-te.
Sem dar conta estou presa e condenada aos mistérios da nossa sagrada paixão.
Temo-te.
Temo-me.
Temo-nos.
Para ti, com amor.
F
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Dias cansativos de chegar a casa, atirar-me contra o sofá e ali petrificar.
pedes-me para te escrever, e apesar do dia derrotante, ecoas na minha cabeça
como que a empurrar-me até ao único meio de comunicação que nos une.
Resisto. Mas escrevo-te mentalmente. Juro que escrevo!
mas isso parece não ser suficiente porque estás em mim, não sais de mim.
Janto a escrever-te, a pensar-te, porque te levo muito a sério.
Caio na cama, e lá estás tu.
Fecho os olhos.
Na ponte entre o sonho e a porta do quarto encontro-te, a ti e a mim,
a adulterar memórias.
Tu sorris.
Eu passo a mão por o teu cabelo, o toque inconfundível.
E pergunto-me como pode um simples gesto acelerar-me daquela maneira.
Sacudir-me da cama para fora a exigir papel, caneta e a luz fraca de um candeeiro, porque a hora não mais permite.
Num gesto, o coração finalmente abranda e a tua voz suaviza.
E pergunto-me porque estás sempre aqui, sendo tu tão ausente.
E esse pensamento ter-me-ia assolado há uns tempos atrás (lembras-te?)
Não agora, não hoje. Hoje, empurra-me para bem longe, faz-me querer desaparecer de ti por não te ver. E se assim é, porque queres tanto que te escreva se vou ser sempre eu a esperar por ti e tu nunca a vir? Se nunca vens, porque tenho eu de me apressar com tempo de sobra? E se o medo é meu, porque sou eu a ficar e tu a fugir?
01.09.11
C
pedes-me para te escrever, e apesar do dia derrotante, ecoas na minha cabeça
como que a empurrar-me até ao único meio de comunicação que nos une.
Resisto. Mas escrevo-te mentalmente. Juro que escrevo!
mas isso parece não ser suficiente porque estás em mim, não sais de mim.
Janto a escrever-te, a pensar-te, porque te levo muito a sério.
Caio na cama, e lá estás tu.
Fecho os olhos.
Na ponte entre o sonho e a porta do quarto encontro-te, a ti e a mim,
a adulterar memórias.
Tu sorris.
Eu passo a mão por o teu cabelo, o toque inconfundível.
E pergunto-me como pode um simples gesto acelerar-me daquela maneira.
Sacudir-me da cama para fora a exigir papel, caneta e a luz fraca de um candeeiro, porque a hora não mais permite.
Num gesto, o coração finalmente abranda e a tua voz suaviza.
E pergunto-me porque estás sempre aqui, sendo tu tão ausente.
E esse pensamento ter-me-ia assolado há uns tempos atrás (lembras-te?)
Não agora, não hoje. Hoje, empurra-me para bem longe, faz-me querer desaparecer de ti por não te ver. E se assim é, porque queres tanto que te escreva se vou ser sempre eu a esperar por ti e tu nunca a vir? Se nunca vens, porque tenho eu de me apressar com tempo de sobra? E se o medo é meu, porque sou eu a ficar e tu a fugir?
01.09.11
C
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Viagem em silêncio.
Que viagem? Pergunto-me eu.
E, logo a seguir, sucessões de perguntas sobre o real e o imaginário, sobre a verdade e os porquês do que não é, sobre o pensado e o inatingido.
Que viagem, se vais embora e cortas o caminho?
Silêncio? Antes fosse.
Não me venhas dizer que é silêncio quando nem aqui queres ficar.
Medo.
As pessoas temem o desconhecido, eu tenho medo de ti.
Tu dizes que o medo não faz mais parte de ti, mas ainda não te vi a correr na minha direcção, só te vi a atirar pequenos obstáculos no caminho que me fazem constantemente tropeçar.
Pergunto se me vês cair, se afinal de contas não era isso que testavas, a minha destreza nas tuas peripécias.
Ou se simplesmente não seria esse o objectivo que percorrias.
Não me peças os pulmões se ainda me vais fazer correr.
Eu queria ficar. Eu quero ficar. Quero ficar onde tu ficas.
quero poder dizer-te as coisas bonitas que mereces.
Se quiseres ficar.
28.08.11
C
Que viagem? Pergunto-me eu.
E, logo a seguir, sucessões de perguntas sobre o real e o imaginário, sobre a verdade e os porquês do que não é, sobre o pensado e o inatingido.
Que viagem, se vais embora e cortas o caminho?
Silêncio? Antes fosse.
Não me venhas dizer que é silêncio quando nem aqui queres ficar.
Medo.
As pessoas temem o desconhecido, eu tenho medo de ti.
Tu dizes que o medo não faz mais parte de ti, mas ainda não te vi a correr na minha direcção, só te vi a atirar pequenos obstáculos no caminho que me fazem constantemente tropeçar.
Pergunto se me vês cair, se afinal de contas não era isso que testavas, a minha destreza nas tuas peripécias.
Ou se simplesmente não seria esse o objectivo que percorrias.
Não me peças os pulmões se ainda me vais fazer correr.
Eu queria ficar. Eu quero ficar. Quero ficar onde tu ficas.
quero poder dizer-te as coisas bonitas que mereces.
Se quiseres ficar.
28.08.11
C
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
A tua luz incandescente cega-me. O teu toque deleitoso, magoa-me como que agulhas a perfurarem-me a pele. O teu odor acorrentado à minha pele e a tudo o que me rodeia, sufoca-me. O teu sabor a pecado continua a intoxicar-me sem misericórdia. E mesmo assim eu desejo incansavelmente consumir-te na totalidade e trazer-te secretamente na saliva e entre as unhas. É um segredo.
FHá amor amigo
Amor rebelde
Amor antigo
Amor de pele
Há amor tão longe
Amor distante
Amor de olhos
Amor de amante
Há amor de inverno
Amor de verão
Amor que rouba
Como um ladrão
Há amor passageiro
Amor não amado
Amor que aparece
Amor descartado
Há amor despido
Amor ausente
Amor de corpo
E sangue bem quente
Há amor adulto
Amor pensado
Amor sem insulto
Mas nunca tocado
Há amor secreto
De cheiro intenso
Amor tão próximo
Amor de incenso
Há amor que mata
Amor que mente
Amor que nada mas nada
Te faz contente me faz contente
Há amor tão fraco
Amor não assumido
Amor de quarto
Que faz sentido
Há amor eterno
Sem nunca talvez
Amor tão certo
Que acaba de vez
Há amor de certezas que não terá dor
Amor que afinal, é amor
O amor é tudo
Tudo isto e nada disto para tanta gente
É acabar um amor igual e começar um amor diferente
Sempre… para sempre
Miguel A. Majer
Por tudo e por nada. Ainda preciso de ti... E da nossa simbiose.
F
terça-feira, 30 de agosto de 2011
"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
I Coríntios 13:4-7
F
I Coríntios 13:4-7
F
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Ainda me sento no chão.
Ainda olho para o corredor aparentemente vazio com a luz reflectida.
Ainda retenho as memórias desse mesmo corredor a fazer de recreio de um jogo inacabável.
Ainda olho para cada divisão da casa com a mesma expressão com que a deixaste.
Ainda sinto o toque surpresa da tua mão a moldar a minha.
Ainda que longe faz mossa, és como sal nas feridas.
Ainda selo um beijo teu a cada cicatriz acentuada no corpo.
Ainda sinto o teu cheiro a invadir-me o quarto.
Ainda ocupas as linhas do meu caderno.
E ainda me sabe a pouco.
-C
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Não há nada mais que possa dizer sobre ti.
Esgotaste o que havia em mim, em ti.
Podia arriscar um nós, como sempre.
Eu a forçar essa maldita palavra que une dois em um, e tu a forrar-me de ilusões que se faziam crer.
És a ausência que há em mim, o esquecimento do meu centro.
só queria que esse sorriso não me trespassasse o estômago.
Eu a cair.Tu a olhar.O silêncio que se faz.Eu a levantar. Tu a questionar.Eu a partir.Tu a chegar.
A monotonia das divergências de sempre. Não há mais nada que possa dizer sobre ti.
A não ser a ira que detenho em mim, por cultivar um amor só meu, alimentado por omissões inquestionáveis.
-C
Esgotaste o que havia em mim, em ti.
Podia arriscar um nós, como sempre.
Eu a forçar essa maldita palavra que une dois em um, e tu a forrar-me de ilusões que se faziam crer.
És a ausência que há em mim, o esquecimento do meu centro.
só queria que esse sorriso não me trespassasse o estômago.
Eu a cair.Tu a olhar.O silêncio que se faz.Eu a levantar. Tu a questionar.Eu a partir.Tu a chegar.
A monotonia das divergências de sempre. Não há mais nada que possa dizer sobre ti.
A não ser a ira que detenho em mim, por cultivar um amor só meu, alimentado por omissões inquestionáveis.
-C
Eu poderia inventar-nos, ou até reinventar-nos no tempo. No tempo em que o tempo ainda nos era útil.
Eu poderia engenhar-nos uma história, uma história que nos encaixasse inteiramente, ou que se moldasse em cada centímetro dos nossos defeitos, ou vícios.
Eu poderia engenhar-nos uma história, uma história que nos encaixasse inteiramente, ou que se moldasse em cada centímetro dos nossos defeitos, ou vícios.
Poderia até, inventar-te um sorriso, que eu amasse. Que eu amasse por inteiro, um sorriso do qual eu não me cansasse.
Mas nada disso vale a pena. O tempo fugiu-nos por entre os dedos, como areia fina. No tempo, deixou de haver tempo para ti. Para mim. Para nós.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
“Por que queres tu que eu fique, Porque é preciso, Não é razão que me convença, Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar, Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto, Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei, Olhaste-me por dentro, Juro que nunca te olharei por dentro, Juras que não o farás e já o fizeste, Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro, Se eu ficar, onde durmo, Comigo.”
(José Saramago, Memorial do Convento)
Fquarta-feira, 13 de julho de 2011
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